Deus, remédio e dinheiro. O quê há de (in) comum em nós como sociedade?
por Willian Oliveira Taschetto
Se você andar por qualquer cidade com mais de 100 mil habitantes, provavelmente você terá a mesma constatação. A sociedade está cada vez mais doente, seja do corpo ou seja da alma.
Se você caminhar pelas ruas se deparará com uma farmácia em cada esquina, pois hoje todos (ou quase todos) estão dependentes de medicação; encontrará uma loja ou financeira que oferece empréstimo muuuuito facilitado, pois grande parte da população está no negativo, (sobre) vivendo sem nenhum arranhão; e também encontrará uma igreja de nome difícil e em um local amplo, pois as pessoas doentes, afundadas em dívidas precisam de uma crença, precisam crer que algo irá salvá-las.
Fé é importante, mas enquanto o capitalismo devorar a energia das classes menos abastadas, não há Deus, remédio ou dinheiro que as salve!
Willian Oliveira Taschetto é escritor, proprietário da loja de discos Vinil do WIll e gerente geral no Buena Bistrô. Na vida acadêmica bacharelou-se em Direito e especializou-se nas áreas de Filosofia, Direitos Humanos e Psicologia Analítica Junguiana.
O texto faz parte do novo livro de poesias "Lonjuras em Mim" com previsão de lançamento ainda em novembro.
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